Os tendões são estruturas do sistema locomotor que dão o apoio aos músculos, fazendo com que eles se prendam aos ossos, permitindo o ser humano se movimentar e realizar diversas atividades.
Quando um paciente é diagnosticado com tendinite, significa que seus tendões estão passando por um processo inflamatório, que pode surgir por vários motivos. Porém, a tendinite de Aquiles, também conhecida como tendinite do calcâneo, nem sempre está ligada a inflamação, mas a uma degeneração do tendão e das fibras de colágeno, causador de alterações na arquitetura do tendão e espessamento, tornando-o mais largo e espesso no local degenerado.
Essa patologia é mais comum acontecer em praticantes de atividades físicas como corrida e saltos, porém, os idosos também podem sofrer com a tendinite do tendão de Aquiles (crônica); uma lesão dividida em 2 categorias. A tendinopatia insercional, que ocorre na região onde o tendão se insere no osso e a não insercional, que está relacionada a inflamação e degeneração no corpo do tendão.
Vale ressaltar que a tendinopatia insercional pode ocorrer em pessoas mais ativas, e a lesão não insercional do tendão tende a atingir pessoas mais velhas, sedentárias e com excesso de peso.
O tendão de Aquiles se localiza atrás do tornozelo e liga os músculos da panturrilha ao osso do calcanhar, sua estrutura é a que mais suporta carga e força do corpo humano. Sua função é impulsionar o pé durante a caminhada ou corrida.
Causas
A tendinite do Aquiles se origina por conta de um estresse repetitivo além do que o tendão pode suportar. As causas podem estar relacionadas a uma menor resistência do tendão, por: fraqueza, envelhecimento, degeneração, mudança de treino ou doenças como diabete e obesidade. Além da má prática esportiva.
Sintomas
Um dos principais sintomas são a dor, o inchaço e a rigidez na parte de trás do tornozelo. A dor pode aparecer no início da corrida, aliviar durante a prática do exercício e voltar a aparecer após a atividade. Se não tratada, passa a doer durante toda a prática esportiva. Há também presença de dor ao subir escadas ou ladeiras e ao passar longos período de inatividade.
Nos casos mais graves, pode ser observado um aumento da espessura do tendão, se comparado com o da outra perna, e alguns nódulos.
Tratamento
O tratamento para as tendinites no tendão de Aquiles se dá por um médico especialista em pé e tornozelo, e vai do repouso até cirurgias. O ortopedista pode, também, sugerir exercícios de alongamento e fortalecimento da musculatura.
Além disso, é indicado o tratamento por ondas de choque nos caso da reabilitação ou correção de deformidades nos pés não estiverem surtindo efeito.
O tratamento por ondas de choque, na maioria das vezes, é satisfatório, podendo até substituir a necessidade de cirurgias na região do calcâneo.
Nos casos cirúrgicos, quando a lesão é não inscercional, o objetivo da cirurgia é realizar a ressecção do tecido degenerado, estimular a cicatrização do tendão ou realizar enxertos no tendão de Aquiles.
Já para a tendinopatia insercional, a estratégia cirúrgica é voltada para a remoção do tendão degenerativo e calcificação associada, excisão da bolsa retrocalcânea inflamada, ressecção da proeminência calcânea posterior proeminente, recolocação da inserção conforme necessário ou a realização de enxerto.
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O Dr. Eduardo Fanchin Rocha é cirurgião ortopedista com vasta experiência na área de pé e tornozelo. Certificado pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé e pela Associação Médica Brasileira de Tratamento por Ondas de Choque.
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