A fascite plantar, de um modo geral, costuma ser um transtorno de bom prognóstico, mas sua recuperação tende a ser bastante lenta. Neste artigo, você vai ver o que é, suas causas, sintomas, tratamento e como se prevenir. Continue a leitura!
O que é fascite plantar
Como já visto em outro artigo do blog, a fascite plantar é um processo inflamatório ou degenerativo que afeta a fáscia plantar (ou aponeurose plantar), uma membrana de tecido conjuntivo fibroso e pouco elástico, que recobre a musculatura da sola do pé, desde o osso calcâneo, garantindo o formato do calcanhar, até a base dos dedos dos pés.
A fascite plantar é a causa mais comum de dor no calcanhar e o paciente é diagnosticado quando a fáscia fica inflamada, gerando dores na planta do pé que podem ser difusas ou localizadas.
Causas da fascite plantar
Ainda não se conhece a causa exata da fascite plantar, mas, na maioria dos casos, a dor forte característica do transtorno é provocada pelo estiramento excessivo da fáscia plantar ou pela repetição de microtraumatismos nessa estrutura.
Sabe-se que ocorre, predominantemente, em pessoas entre 40 e 60 anos. Veja abaixo algumas outras causas:
- Obesidade (excesso de peso) com índice de massa corporal (IMC) maior que 30;
- Atividade desportiva com impacto (correr, saltar, ballet e dançar), ou quando as pessoas permanecem por largos períodos de tempo de pé;
- Pé cavo, pé plano ou padrões anômalos de marcha;
- Retração dos músculos posteriores dos membros inferiores;
- Secundária a doenças inflamatórias sistémicas.
Vale relembrar que, graças à sua capacidade de amortecer e distribuir o impacto, a fáscia plantar é responsável também por manter a curvatura do pé firme.
A dor pode estar associada “a uma alteração estrutural mais condizente com processos degenerativos” causados pela prática exagerada de exercícios físicos, sobrepeso ou idade, é o que diz a Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED), em estudos recentes.
Sintomas
Os principais sintomar da fascite plantar são a dor na sola do pé e sensação de queimação e desconforto, especialmente ao acordar ou após realizar algum tipo de exercício com impacto para o pé, como caminhar ou correr.
Tratamento
O tratamento inicial costuma ser conservador, podendo incluir medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos. Mudanças de hábitos para diminuição do peso corporal, reequilíbrio muscular, diminuição do impacto dos membros inferiores por restrição de atividades e mudanças de calçados também podem fazer parte do tratamento.
Nos casos crônicos, onde o paciente não apresenta melhora dos sintomas com um tratamento conservador, o tratamento por ondas de choque, que consiste em ondas ultrassônicas de impacto aplicadas no local da lesão, tem se mostrado bastante eficaz.
Prevenção
Agora que você já sabe o que é, suas causas e como é realizado o seu tratamento, é importante saber também como se prevenir. Confira abaixo algumas dicas:
- Evite ganho do peso rápido;
- Alongar músculos e ligamentos antes e depois de praticar qualquer atividade física;
- Evite andar descalço em superfícies muito rígidas e caminhar nas pontas dos pés;
- Escolha calçados adequados;
- Evite calçados com saltos muito altos.
Ao menor sinal de dor ou desconforto, procure um médico ortopedista. Apenas um especialista é capaz de fazer um diagnóstico adequado e prescrever medicamentos para aliviar a dor e diminuir a inflamação, se necessário.
O Doutor Eduardo Fanchin Rocha é ortopedista especialista em pé e tornozelo e atende na Clínica Artro, em Curitiba. Acesse o blog do Dr. Eduardo Rocha para ler mais sobre tratamentos e cirurgias de pé e tornozelo.